quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Hoje quero saborear minha refeição, tomar um chá, sentar no meu sofá e ler...
Até quem sabe tirar uma soneca no meio da tarde, olhar  TV, andar sem pressa, nem se quer  olhar pro relógio, comer o que eu gosto  no momento que der vontade, nem pensar em ansiedade, ficar assim atoa, sem hora marcada, nem semana planejada, somente relaxar...
Acionar o botão  desligar  pelo menos hoje, esquecer da correria,  apenas por um dia, pra poder recarregar de forma integral as baterias, começar  tudo novamente com toda a energia ...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Correria



Dia a dia maluco, 
nem se ouve o cuco.
Ninguém se olha na rua,
Pessoas se esbarram
e nem sequer pedem desculpas.
Por destinos atrasados
Agendas apertadas
Compromissos inadiáveis
Dias que passam depressa
Vidas que passam depressa
E tanta foi a pressa
Que não se apreciou nada
Por pura falta de tempo.












 

sábado, 23 de junho de 2012

Texto sobre brincos de pérola que fala da inércia dos atos!


Dias desses durante um seminário na Universidade me flagrei  observando as pessoas, na sua maioria mulheres, de varias faixa etárias e todas se não já professoras, futuras...
E me chamou atenção, algo que pra outras pessoas podem nem fazer sentido.
Os brincos, isso mesmo: “os brincos”,  e uma coisa me deixou inquieta e intrigada , era assustador o número delas, inclusive eu, usando brincos de pérola nas orelhas,  comecei então á olhá-las com mais atenção e vi trejeitos, vestimentas  características .
Apesar de todas as peculiaridades individuais, parece que depois que começamos á pensar como educadoras, tem objetos que meio que nos trazem uma referência.
Eu sei que a docência não tem nada de uniforme, muito menos os docentes ou futuros docentes, mas me intriga bastante são as mudanças de postura, das quais só tenho completa precisão em falar das minhas, e mesmo assim, posso dizer que tenho muito ainda o que mudar.
Eu passei de aluna rebelde, á aluna consciente, tendo ainda reivindicações, mas de uma forma mais passiva, praticando mais empatia, me cobrando tanto, quanto cobro dos outros.
Existe nisso tudo  a obviedade do  tempo, das experiências, dos livros que li, de tudo que já vi,  me colocando em um grau de maturidade diferente, em que enxergo o mundo além dos meus sonhos.
Mas um desses sonhos continuam á me perseguir, embora hoje saiba que não posso fazê-lo sozinha, mas ser professora será a minha parcela de contribuição pra realizá-lo: “Mudar o mundo”,  soa forte quando se diz tão diretamente, mas desde minha adolescência, nos meus anos de militância, tantas ânsias,  tantas perguntas, poucas respostas.
Mas se tem algo que me fere,  é a miséria humana, e não só, a miséria material, mas a miséria de informação, a miséria do conhecimento, a miséria do senso crítico, de opinião própria, de senso  coletivo.
E por vezes me questiono, como fazer pra acordar, todos esses que andam por aí, seguindo as tendências, se distraindo com festas  populares e reality shows  e nada sabem?  Será que  se encontram em transe, por eles mesmos  concedido?  As coisas estão boas como estão?
“Laissez faire, laissez passer, lê monde va de lui même” (Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo)
Quantos séculos precisarão passar, pra tomarmos consciência que estamos sendo apenas peças de um jogo muito maior, e que se não formos autônomos nas nossas atitudes diárias, seremos apenas  manipulados pelo poder, seja do estado, dos meios de comunicação, pelas convenções sociais, mergulhadas hoje, no consumismo indiscriminado, e na miséria total do ser humano, tornado –o apenas uma coisa: consumidor.
 Pra que pensar em mudar não é?
Dá muito trabalho, melhor ser explorado e ter como comprar...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Uruguaiana - Lembranças, Pessoas, Saudades"

Retornando de Uruguaiana, depois de passear por suas ruas largas, encontrando conhecidos, amigos, e de não encontrar mais aqueles que já se foram, os quais deixaram apenas a saudade que só a partida propicia, embora também encontre pela primeira vez, aqueles que chegam, trazendo a esperança  que segue dos nascimentos...
Sensibilizada e emocionada, em recordar que mesmo não estando na minha terra, minhas raízes continuam lá, tão vívidas quanto minhas lembranças.
Reencontrando velhos cadernos, com velhas anotações, de tempos que não tem jeito,  não voltam mais, objetos que trazem tantas recordações, meio que resgataram uma essência pulsante,intensa, minhas ideologias, minhas buscas , a qual estavam  aqui dentro de mim, o tempo todo, mas adormecidas.
Mais vivida, mais mulher, mais amadurecida, continuo a mesma, aquela menina que se indignava com as injustiças da vida, e acredita que sim, nós podemos tudo, tudo o que quisermos.
E nesta ida á Uruguaiana, compreendi o real siginificado da frase: "És eternamente responsável pelo que cativas", pois mesmo não convivendo com meus poucos bons, é como se nunca tivesse me ausentado.
Volto com a saudade que não me abandona, mas feliz, por ainda poder dizer, que não importa onde eu for, estarei lá, seja nas minhas lembranças ou nas lembranças das pessoas.

sábado, 26 de maio de 2012

Adeus Apenas

Vida frágil,
vida corrida,
cheia de perdas,
de despedidas forçadas,
pessoas indo embora,
com desculpas esfarrapadas,
sem viver tudo que tem pra viver,
sem idade pra morrer,
pois aqueles que se foram,
em primeiro lugar, morreram por dentro...
Grande pena e profundo descontentamento,
não poder mudar destinos,
por mim estariam sorrindo acordados
e não fechariam seus olhos,
nos deixando aqui no vácuo,
chorosos, reflexivos, desacorçoados ...
Olhar vago, procurando motivos pra entender,
O por que da ida sem aviso,
Sem Adeus, sem aceno, sem despedida... 


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Amar os defeitos do outro é normal ? ou parte do encanto ?
Prever as reações de cada parte dele e mesmo assim se surpreender ?
Acho que esse amor pode ser que seja permanente, por que fortalece-se a cada mínima descoberta, mesmo que seja uma diferença, e á cada fuga e isolamento, veio mais constante e insuportável  a saudade de estarmos perto...
E quando se está perto, o mundo parece pleno ao lado do ser amado.